sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Platelmintos

Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.

Embriologia

São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos(possuem os três folhetos germinativos: ectoderme,mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.
O sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.
As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil (exteriorizada), o que facilita a captação de alimento, sugando.
As tênias não possuem sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro. Não possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são feitas pela epiderme, por difusão. São os primeiros animais a apresentar sistema excretor: o protonefrídio, que é formado por vários túbulos excretores com células-flama. A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.

Entre os muitos exemplos de platelmintos vamos estudar as planárias, as tênias e os esquistossomos.

As planárias


Esquistossomos

Principais doenças provocadas por platelmintos:

- Taenia Solium provoca no ser humano a teníase e a cisticercose.

- Esquistossomo provoca a esquistossomose.

- Tremátodes provocam doenças no sangue e no fígado.

PARA EVITAR AS VERMINOSES
 Lavar as mãos antes de cada refeição e depois de evacuar;
 Lavar as frutas, legumes e verduras;
 Não comer carnes mal cozidas, nem salames de carne crua;
 Não comer alimentos expostos as moscas;
 Usar sapatos;
 Destruir os caramujos e evitar o contato e uso da água dos locais em que eles vivem;
 Usar privadas higiênicas onde não existe rede de esgoto.
 Jamais deixar fezes humanas na superfície do solo.

Platelminto da classe Turbellaria. Foto: C.K.Ma / Shutterstock.com  

sábado, 28 de novembro de 2015

Reino Animal

Reino Animal ou Animalia ou Metazoa é composto por organismos heterótrofos, ou seja, aqueles que não produzem o próprio alimento, sendo portanto, uma característica muito marcante que os difere, por exemplo, do Reino Vegetal (Plantae). O Reino Animalia é definido segundo características comuns a todos os animais: organismos eucariontes, multicelularesheterotróficos, que obtêm seu alimento por ingestão de nutrientes do meio. Os animais compõem um reino com mais de um milhão de espécies. No entanto, fósseis encontrados revelam que uma quantidade muito maior de espécies animais já viveu na Terra, mas hoje estão extintas.
No que diz respeito ao habitat, os animais também apresentam grande variabilidade, pois são encontrados em ambientes aquáticos e também terrestres. Sua dieta também é variada, existindo animais herbívoros, carnívoros, parasitas e até mesmo saprófagos.

Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais: os vertebrados e os invertebrados.
Animais Vertebrados
 Cordados: Apresentam como característica mais marcante a presença de um bastão flexível e fibroso denominado de notocorda durante alguma fase do desenvolvimento. Exemplos: Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Animais Invertebrados
Os animais invertebrados são representados por inúmeros filos com características bem diferentes, mas todos são pluricelulares e não possuem parede celular, a saber:
Poríferos: Grupo mais primitivo de animais. Trata-se de seres sésseis, com corpo repleto de poros, que vivem apenas em ambientes aquáticos. Possuem simetria radial, mas alguns podem ser assimétricos. São seres filtradores e a digestão ocorre exclusivamente no interior das células (digestão intracelular). Exemplo: Esponjas.
Cnidários: Seus representantes são predominantemente marinhos. Destacam-se por apresentar dois folhetos embrionários (diblásticos) e simetria radial. Nesse grupo, surge uma cavidade digestiva denominada de cavidade gastrovascular. Existem representantes de vida livre e sésseis. Exemplo: Águas-vivas e caravelas.
Platelmintos: Conhecido popularmente como vermes chatos, esse grupo, que é triblástico e acelomado, apresenta simetria bilateral e achatamento dorsoventral do corpo. Exemplo: Planárias e tênias.
Nematódeos: Também conhecidos como vermes, esses animais, diferentemente dos platelmintos, não possuem corpo achatado, e sim cilíndrico e com as extremidades afiladas. Apresentam tubo digestório completo. Exemplos: lombrigas e filárias.
Moluscos: Possuem corpo mole, e algumas espécies apresentam corpo recoberto por concha calcária. A maioria dos representantes é marinha, mas existem espécies de água doce e terrestres. Exemplo: Caramujos, polvos e lesmas.
Anelídeos: Sua principal característica é o corpo cilíndrico dividido em anéis (segmentado). Existem representantes de água doce, salgada e terra úmida. Exemplos: Minhocas e sanguessugas.
Artrópodes: Apresentam corpo segmentado com apêndices articulados e revestido por um exoesqueleto quitinoso. Graças à presença de exoesqueleto, esses animais não crescem constantemente, mas realizam mudas periódicas. Representam o filo com maior diversidade de organismos do Reino Animalia. Exemplo: Insetos e crustáceos.
Equinodermos: Todos os representantes são marinhos e apresentam características que os tornam parecidos com os cordados. Exemplo: Estrela-do-mar e ouriços-do-mar.
Curiosidade

- O maior animal vivo é a baleia azul que atinge 30 metros de comprimento.



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Reino Vegetal

reino vegetal (Metaphita, plantae) ou das plantas, é caracterizado por organismos autótrofos (produzem seu próprio alimento) e clorofilados uma vez que, por meio da luz solar, realizam o processo da fotossíntese e, por esse motivo, são chamados de seres fotossintetizantes, produtores de matéria orgânica que, por sua vez, alimentam seres heterótrofos do reino animal, dos fungos e das bactérias.

Características do Reino Vegetal

  • Eucariontes (núcleo organizado)
  • Autótrofos (produzem o próprio alimento)
  • Fotossintetizantes (produção da fotossíntese)
  • Pluricelulares (multicelulares)
  • Células formada por vacúolos, cloroplastos e celulose
Composição

Os organismos que compõem este reino são em sua grande maioria autotróficos, ou seja, seres cuja organização celular conta com os cloroplastos (organelas especializadas na produção de matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, incluindo a energia solar). Suas células possuem uma parede celular formada por celulose. 

O reino Plantae, é composto por organismos capazes de produzirem o seu próprio alimento. Contudo, independente disso, eles possuem necessidades específicas de determinados nutrientes presentes somente no solo, como os sais minerais.
Importância das plantas

As plantas são extremamente importantes para a continuidade da vida em nosso planeta, sem elas, os demais seres vivos da cadeia alimentar não seriam capazes de obter a energia necessária para sua sobrevivência.

Elas são consideradas o primeiro elo da cadeia, pois sustentam todos os demais (animais, fungos, bactérias e protistas).
 Reino Plantae - Classificação e características dos vegetais

Estrutura da Planta

Raiz: a raiz fixa a planta no solo, absorve a água e os sais minerais, conduzindo-os até o caule. Portanto, é essencial para a alimentação. As raízes podem ser subterrâneas, aéreas ou aquáticas.
Caule: o caule sustenta a planta, e conduz a água e os sais minerais retirados do solo pela raiz, até as folhas. O caule pode ser denominado de várias formas dependendo do tipo de planta.
Folhas: são nas folhas que a fotossíntese e a respiração são realizadas. Podem se apresentar de várias formas, lineares, oblíquas, lanceoladas, etc. E a distribuição no caule pode ser alternada, composta ou verticulada.
Flores: as flores são responsáveis pela reprodução e quando ela desabrocha, significa que está pronta para se reproduzir. Porém, não são todas as plantas que possuem flores, portanto se reproduzem de outra maneira.
Fruto: o fruto é o ovário fecundado, que guarda a semente. As plantas são divididas em duas categorias: Criptógamas e Fanerógramas (Veja nos próximos tópicos).

Filos do Reino Vegetal

O filo vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) uma vez que possuem vasos condutores de seiva, e as plantas avasculares (briófitas), destituídas desses vasos.
Talófitas são conhecidas como algas pluricelulares (com muitas células), pois são plantas muito simples, pois não apresentam raízes, caules, folhas, flores, frutos e nem sementes. Elas apresentam apenas um único talo.
Briófitas: possuem estruturas produtoras de gametas pouco aparentes e vasos condutores de seiva estão ausentes. Ex.: musgos.

- Pteridófitas: possuem estruturas produtoras de gametas pouco aparentes e vasos condutores de seiva estão presentes. Ex.: samambaias.

- Gimnospermas: possuem estruturas produtoras de gametas visíveis e desenvolvem sementes, mas não frutos. Ex.: pinheiros.

- Angiospermas: possuem estruturas produtoras de gametas visíveis e desenvolvem sementes e frutos. Ex.: abacateiros.

Reino Fungi

Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.
Ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
Econômica
Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam afermentação.Destes últimos, alguns são utilizados no processo defabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. 

Estrutura

Os fungos são compostos por Hifas, que são filamentos de células que formam uma rede, chamada de micélio. Este, se extende até o alimento, e realiza a absorção de seus nutrientes (veja "Alimentação").

Reprodução

Os fungos terrestres podem se reproduzir sexuada e assexuadamente.

Reprodução Assexuada

Penicillium, um tipo de fungo terrestre, gere através da mitose, células chamadas conidiósporos, que são jogadas no ambiente. Cada uma dessas células poderá gerar um novo ser, dependendo do local onde cair (como um pão, ou frutas).

Reprodução Sexuada

Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champignon, muito utilizada naculinária de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de frutificação) que produz esporângios com formato de raquete de tênis, que se chamam basídios. Dentro de cada basídio ocorre uma meiose, originando quatro células, chamadas de basidiósporos. Eles são liberados no ambiente através do brotamento, a partir do basídio. Os basidiósporos irão se desenvolver em local apropriado, feito pelo criador de champignons. Ele também irá organizar um micélio haplóide. A junção de hifas haplóides origina um micélio diplóide. Este, irá crescer e se tornar um cogumelo, completando o ciclo.

Benefícios e malefícios causados pelos fungos

Em sua maioria, esses seres são saprofágicos, ou seja, alimentam-se por meio da decomposição de cadáveres. Dessa forma, são responsáveis pela degradação da matéria orgânica, reciclando nutrientes, sendo importantes para a ecologia, uma vez que a matéria orgânica que existe em organismos mortos acaba sendo devolvida ao meio ambiente e utilizada por outros organismos. No entanto, apesar desse benefício, os fungos são responsáveis também pelo apodrecimento de tecidos, de madeira e de alimentos, além de provocar doenças em plantas e animais.
Os Filos em que podem ser classificados são Ascomycetes, Phycomycetes, Basidiomycetes e Deuteromycetes.
  • Ascomycetes: também conhecidos como ascomicetos, os fungos desse Filo possuem processo de reprodução sexuada, formando sacos – cientificamente chamados de ascos, origem de seu nome – que posteriormente transformam-se em esporos;
  • Phycomycetes: os ficomicetos são os fungos mais simples, parecidos com as algas. Possuem esporos dotados de flagelos;
  • Basidiomycetes: popularmente conhecidos como basidiomicetes, fungos que pertencem à esse Filo formam estruturas de reprodução chamadas de basídios. A base dessas estruturas fica fixa ao corpo de frutificação, também chamado de eixo de sustentação, e fica com as extremidades livres. Dessa forma, formam-se os basidiósporos, onde ficam alojados os esporos. Pode-se usar os cogumelos como exemplo de fungos pertencentes à esse Filo;
  • Deuteromycetes: também conhecidos como deuteromicetes ou ainda fungos imperfeitos, os fungos desse Filo contam com estrutura reprodutora pouco detalhada e conhecida. A maioria dos fungos pertencentes à esse Filo são parasitas causadores de doenças em pessoas e animais.
Reino Fungi