quarta-feira, 13 de maio de 2015

Isolamento geográfico e Especiação

O isolamento geográfico consiste na separação de uma população por uma barreira geográfica, formando assim subpopulações. A barreira geográfica pode ser um rio, uma montanha ou um cânion, por exemplo. As subpopulações começam a sofrer diferentes pressões e consequentemente os genes selecionados em uma subpopulação serão diferentes da outra subpopulação. Em virtude da barreira geográfica, as duas subpopulações ficarão impedidas de cruzar e as diferenças entre elas ficarão cada vez mais acentuadas.  Surgindo assim as subespécies. O conceito de espécie mais aceito é o de Ernst Mayr, que diz que espécie é um conjunto de populações em que os indivíduos são capazes de cruzar e se reproduzir, produzindo descendentes férteis. O processo que leva ao surgimento de novas espécies é denominado especiação.
A especiação diz respeito ao processo evolutivo que envolve o surgimento de novas espécies. Desde a origem da vida, os seres vivos vêm sofrendo a diferenciação através de variações genéticas em decorrência de mutações genéticas. Podemos dividir a especiação em três tipos básicos, tendo em vista aspectos geográficos: especiação alopátrica, especiação simpátrica e especiação parapátrica.
É importante destacar que os cientistas classificam a especiação sob dois processos: 1 Anagênese, 2 Cladogênese

Órgãos Análogos e Homólogos

Órgãos análogos e homólogos são estruturas visíveis em vários organismos. Com a evolução, os organismos foram se adaptando e esses órgãos sofreram mudanças de acordo com as necessidades dos organismos. 
Órgãos análogos são órgãos que têm a mesma função em diferentes tipos de seres vivos, mas que possuem origem embrionária e estruturas diferentes. Na figura abaixo podemos observar exemplos de animais que possuem órgãos análogos. Espinhos nos cactos e nas eufórbias; asas nos insetos e nas aves; corpo alongado nas cobras e lampreias; nadadeiras em tubarões e golfinhos; e patas posteriores nos sapos e gafanhotos. Todos são exemplos de órgãos que possuem a mesma função, porém, como dito antes, com estruturas e origens diferentes.
 Exemplos de animais que apresentam órgãos análogos.
Órgãos homólogos são órgãos que têm origem embrionária semelhante, porém podem ou não desempenhar as mesmas funções. Isso nos leva a crer que diferentes seres vivos tiveram um ancestral comum, que, conforme evoluía, originou novas espécies, desenvolvendo e adaptando os órgãos de acordo com suas necessidades. Por exemplo: braço humano, asas de morcego, nadadeiras anteriores de um golfinho
.Exemplos de estruturas homólogas

Abiogênese x Biogênese



A abiogênese (ou geração espontânea) é uma teoria que foi refutada ainda na Antiguidade. Ela consiste na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta. Por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as larvas de mosca presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material. Vários filósofos e cientistas como René Descartes, Aristóteles e Isaac Newton, apoiavam essa teoria.
Pasteur, aproximadamente 100 anos depois, defendeu a origem dos seres vivos através de outro preexistente conhecida como biogênese. Esta teoria é comprovada inúmeras vezes, logo, é a defendida pelos cientistas nos dias de hoje. A teoria da abiogênese nem sequer é mencionada em pesquisas sérias, pois não existe possibilidade alguma de ser verdadeira.

Evolução dos Seres e da Genética


A genética é o estudo de como as características hereditárias são transmitidas de pais para filhos. Os seres humanos têm observado que as características tendem a ser semelhantes em famílias. Somente a partir de meados do século XIX, as implicações maiores de herança genética começaram a ser estudadas cientificamente.
Darwin defendia a seleção natural que ocorre através da conformação de certas propriedades benéficas ao contexto ambiental, as quais são legadas hereditariamente para os sucessores dos seres vivos. Para Darwin o ambiente seleciona os seres vivos mais adaptados. Isso quer dizer que os seres vivos que apresentem características que lhes permitam sobreviver a determinada condição ambiental viverão e, assim, conseguirão transmitir seus genes para as futuras gerações.
Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que, por exemplo, o desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos era devida ao esforço que estes faziam para se deslocar na água. Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações das suas características.