terça-feira, 25 de agosto de 2015

Reino Protista
Segundo a classificação dos seres vivos em cinco reinos, um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.
A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas.
Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns formam colônias livres ou sésseis.
Os protozoários podem ser classificados de acordo com seu modo de locomoção:
- Rizópodes: locomoção por pseudópodes, que são pseudo-pés (pés-falsos);
- Ciliados: locomoção através de cílios;
- Flagelados: locomoção através de flagelos;
- Esporozoários (ou apicomplexos): não têm sistema de locomoção;
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Reino Monera 
Monera é um obsoleto reino biológico e o pioneiro na classificação científica dos outros cinco. Ele compreende muitos organismos com organização celular procarionte (organismos unicelulares sem a membrana que envolve o núcleo – carioteca - e sem a presença de proteínas associadas ao DNA).
O reino monera é formado por bactériascianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).
Mesmo possuindo uma estrutura e organização celular rudimentar, uma tendência evolutiva desde o primórdio dos seres vivos, essas demonstram um grande potencial biológico, coexistindo em todos os tipos de ambientes, seja terrestre, aéreo ou aquático.
Esse Reino compreende as bactérias e algas azuis (atualmente denominadas de cianobactérias). Em virtude da contribuição da Biologia molecular, esse Reino passou a ser classificado em dois sub-reinos de organismos procarióticos bem diferentes: Eubactérias e Arqueas (Archa e o bactérias).
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Taxonomia

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.
A primeira tentativa de se classificar as mais de 10 milhões de espécies de seres vivos da terra, data de 3 séculos antes de Cristo quando Aristóteles classificou os animais em “sem sangue vermelho” e “com sangue vermelho”. Como se pode perceber, essa classificação não era nem um pouco prática, então começaram a surgir outras tentativas de classificar os seres vivos.
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão.
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, e espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. 
Exemplo: 
  • Reino: Animalia (o homem é um animal, e nesse grupo estão todos os animais).
  • Filo: Chordata (possui notocorda - formação da coluna vertebral - no seu desenvolvimento embrionário, e aqui estão todos os vertebrados).
  • Classe: Mammalia (seu filhos mamam, e nessa classe estão todos os mamíferos)
  • Infraclasse: Placentalia (é um mamífero cuja fêmea possui placenta - mamíferos que não possuem placenta pertencem a outra infraclasse)
  • Ordem: Primata
  • Família: Hominidae (dentro desse grupo estão as subfamílias Gorilla (gorilas), Pan (chimpanzés), Ardipithecus (extinto), Australopithecus (extinto) , Pierolapithecus (extinto), Sahelanthropus (extinto), Paranthropus (extinto), Kenyanthropus (extinto), Orrorin (extinto), Homininae (seres humanos).
  • Gênero: Homo.
Na verdade, o gênero Homo contém diversas espécies, porém, com exceção do sapiens, todas estão extintas. São elas : Homo antecessor, Homo rhodesiensis, Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo cepranensis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo georgicus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens.
  • Espécie: Homo sapiens.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Vírus, seres vivos ou não?
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o metabolismo celular para a produção de mais vírus.
Os vírus são parasitas obrigatórios, ou seja, precisam de uma célula hospedeira para se reproduzir. O processo de reprodução segue um dos ciclos abaixo:

Ciclo lítico

  • o vírus se aproxima da célula (fixação), e injeta seu material genético dentro dela (injeção);
  • dentro da célula, as partículas de DNA ou RNA injetados se multiplicarão;
  • novos vírus são formados, com os recursos da propria célula (enzimas, nutrientes, etc);
  • a célula morre, libertando os novos vírus que se formaram;
Um exemplo são os vírus bacteriófagos, que destroem as células bacterianas após a replicação do DNA viral.

Ciclo lisogênico

O vírus introduz seu material genético em uma célula. Este material passa a fazer parte do DNA celular, que será replicado juntamente com a célula durante a mitose.
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Vírus
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso outoxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófago, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.
São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus: 

1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.

2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.

3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucleico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucleicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.

4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias. 
Curiosidades:

- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.

- Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.